Em dois dias, mais de 10 mil pessoas fugiram de Memba.
Mais de 10 mil pessoas fugiram em dois dias de Memba, província moçambicana de Nampula, devido a ataques de grupos terroristas, elevando a 82 mil deslocados desde 11 de novembro, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com o mais recente relatório do terreno daquela agência das Nações Unidas, a verificação conjunta entre a OIM e as autoridades locais "confirmou o deslocamento de 16.131 famílias", totalizando 82.691 pessoas, entre 11 e 25 de novembro, do distrito de Memba para o de Eráti, ambos em Nampula.
Até 23 de novembro, esse total de deslocados ascendia a 14.172 famílias (71.983 pessoas), segundo o relatório anterior da OIM.
Acrescenta que os principais pontos de concentração de deslocados incluem Alua Sede, com 49.924 pessoas, Miliva, com 16.838, e a Escola Primária de Alua Velha, com 15.929.
Entre os deslocados em Eráti, as crianças representam 67% (55.290) do total, com a OIM a descrever que os centros de acolhimento "permanecem congestionados, com famílias ocupando salas de aula, tendas ou espaços abertos", com "acesso limitado à água, saneamento e higiene".
Acrescenta que "mulheres, meninas, idosos e pessoas com deficiência enfrentam vulnerabilidades ainda maiores", incluindo situações de Violência Baseada no Género (VBG), referindo ainda que há 1.227 grávidas entre a população deslocada de Memba.
O governador de Nampula disse em 26 de novembro que os grupos rebeldes que protagonizam ataques armados no distrito de Memba, naquela província, estão a abandonar a região, depois de vários ataques no último mês, com registo de destruição de casas e vários mortos, devido à pressão das Forças de Defesa e Segurança.
"Há feridos graves que estão a ser puxados (...). Eles atravessaram há uns dias, (...) antes de ontem e ontem, para o lado de Cabo Delgado, para a zona de Chiúre, portanto, abandonaram o nosso território", disse o governador de Nampula, Eduardo Abdula.
Acrescentou que pode ainda haver "um e outro perdido", mas que a "missão é continuar com a caça e continuar a perseguir".
Segundo Abdula, as Forças de Defesa e Segurança estão a fazer um "excelente" trabalho em resposta ao terrorismo e, para apoiar as suas operações, a província vai entregar dois dos dez 'drones' [aparelhos não tripulados] prometidos para facilitar a "caça" aos alegados terroristas.
"Vamos fazer a entrega oficial daquilo que prometemos, os 'drones' para andar à caça desses bandidos", declarou o governador, explicando que os 'drones' "de alta precisão" devem servir para realizar missões de vigilância, reconhecimento e posterior ataque aos alegados terroristas no distrito de Memba.
A província de Cabo Delgado, também no norte de Moçambique, rica em gás, é alvo de ataques extremistas há oito anos, com o primeiro ataque registado em 05 de outubro de 2017, no distrito de Mocímboa da Praia.
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