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Tribunal Europeu recusou interferir para travar o desligar das máquinas do pequeno Archie

Médicos estrangeiros garantem ter intervenções que vão ajudar na recuperação de Archie.

04 de agosto de 2022 às 08:46

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) recusou esta quarta-feira intervir na decisão de desligar as máquinas de suporte de vida de Archie Battersbee, menino inglês, de 12 anos, que está em morte cerebral desde o dia 7 abril. Os pais da criança, Holly Dance e Paul, tinham recorrido ao TEDH para tentarem alterar a decisão do Supremo Tribunal britânico de desligar as máquinas, procedimento que chegou a estar previsto para as 11h00 de quarta-feira.Os pais recorreram à Organização das Nações Unidas (ONU), que escreveu uma carta aos médicos a apelar para que as máquinas continuem ligadas. No entanto, a Justiça britânica rejeitou o apelo da ONU, uma vez que não possui força vinculativa sobre a lei nacional. Os juízes deram razão aos médicos, considerando que a manutenção dos tratamentos de suporte de vida não seria do "melhor interesse" para a criança.

A família tem até às 09h00 desta quinta-feira para avançar com um pedido legal de transferência do menor para outro local ou as máquinas de suporte de vida serão desligadas às 11h00.

"Não desistiremos de Archie até ao fim. O Archie é meu filho. Não deviam ser outras pessoas a decidir se ele respira pela última vez, se vive ou morre. É errado", disse a mãe aos jornalistas.

Archie foi encontrado inconsciente em casa pela mãe, com uma ligadura no pescoço, no dia 7 de abril. Hollie Dance acredita que o que aconteceu foi resultado de um desafio na rede social TikTok (ver Pormenores). Archie foi levado para o Royal London Hospital, em Londres, onde foi declarado em "morte cerebral".

Os pais recusam-se a aceitar a recomendação dos médicos para desligar as máquinas, que têm mantido os sinais vitais do filho. O corpo de Archie vai acabar por colapsar por falência de órgãos e, em seguida, por insuficiência cardíaca, dizem os médicos. A mãe diz ter sentido Archie a apertar a sua mão e a respirar sem necessitar do ventilador, mas os médicos garantem que nunca verificaram "quaisquer sinais de vida" na criança.

Os pais recorreram à Organização das Nações Unidas (ONU), que escreveu uma carta aos médicos a apelar para que as máquinas continuem ligadas. No entanto, a Justiça britânica rejeitou o apelo da ONU, uma vez que não possui força vinculativa sobre a lei nacional. Os juízes deram razão aos médicos, considerando que a manutenção dos tratamentos de suporte de vida não seria do "melhor interesse" para a criança.

Ajuda internacional

A mãe diz ter sido contactada por médicos japoneses e turcos que garantem ter intervenções clínicas que vão ajudar na recuperação de Archie.

A família quer que Archie Battersbee continue ligado a um ventilador e a um tubo de alimentação até à sua “morte natural”. E diz que ainda tem esperança numa recuperação.

Desafio viral da rede social TikTok consiste em apertar o pescoço até se perder a consciência por falta de oxigénio.

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