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Tribunal turco destitui liderança regional de Istambul do maior partido da oposição

Há indícios de que alguns delegados receberam ofertas financeiras nas eleições provinciais do partido em outubro de 2023 para votar na atual liderança.

02 de setembro de 2025 às 23:45

Um tribunal aceitou esta terça-feira uma queixa apresentada pelo Ministério Público contra a liderança regional de Istambul do CHP, o principal partido da oposição, e ordenou a destituição de dez membros da sua liderança como medida preventiva.

De acordo com a acusação do Ministério Público, há indícios de que alguns delegados receberam ofertas financeiras nas eleições provinciais do partido em outubro de 2023 para votar na atual liderança.

A justiça turca pediu, por isso, penas de um a três anos para dez arguidos, noticiou a agência Efe.

Özgür Celik, presidente regional do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), a principal força da oposição turca, que conquistou o cargo nestas eleições, referiu que se trata de "um ataque político, não judicial", visando alcançar "uma Turquia sem o CHP".

"É uma tentativa de impedir o avanço do CHP em direção ao governo", apontou Celik, depois de recordar a detenção em março do presidente da câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, assumido candidato deste partido à presidência da Turquia.

O tribunal nomeou Gürsel Tekin como administrador temporário do grupo regional do CHP, que ocupou o cargo de 2007 a 2010, antes de se tornar vice-presidente do partido, mas renunciou ao cargo no ano passado, após a vitória do atual presidente nacional, Özgür Özel.

No entanto, voltou a pagar as suas contribuições de filiado na segunda-feira, numa aparente tentativa de assumir o cargo para o qual foi hoje nomeado, segundo o jornal da oposição Cumhuriyet.

Em resposta, o CHP expulsou-o esta terça-feira por uma decisão disciplinar.

"Expulsámos a pessoa que aceitou ser nomeada administradora. De acordo com a lei, um administrador deve ser membro do partido. Ninguém do CHP pode participar nesta conspiração palaciana", defendeu Özel aos jornalistas.

"Não reconhecemos esta decisão judicial", acrescentou o presidente do CHP, referindo que a decisão será alvo de recurso e que, entretanto, Çelik "permanecerá em funções".

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