Preços dos medicamentos para os pacientes nos EUA podem depender de vários fatores, incluindo a concorrência que um tratamento enfrenta e a cobertura de seguro.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou sexta-feira que nove empresas farmacêuticas acordaram em reduzir o custo dos seus medicamentos nos EUA.
As empresas farmacêuticas Amgen, Bristol Myers Squibb, Boehringer Ingelheim, Genentech, Gilead Sciences, GSK, Merck, Novartis e Sanofi irão agora controlar os preços dos medicamentos do Medicaid para os igualar aos que cobravam noutros países desenvolvidos.
Como parte do acordo, os novos medicamentos produzidos por essas empresas também serão cobrados ao chamado preço de "nação mais favorecida" em todo o país para quaisquer medicamentos recém-lançados, para todos, incluindo mercados comerciais e de pagamento em dinheiro, bem como os dos programas do Governo Medicare e Medicaid.
Os preços dos medicamentos para os pacientes nos EUA podem depender de vários fatores, incluindo a concorrência que um tratamento enfrenta e a cobertura de seguro.
A maioria das pessoas tem cobertura através do trabalho, do mercado individual de seguros ou de programas governamentais como o Medicaid e o Medicare, que os protege de grande parte do custo.
Os pacientes do Medicaid, o programa financiado pelo estado e federal para pessoas com rendimentos baixos, já pagam uma comparticipação simbólica, de alguns dólares, nas suas receitas, mas preços mais baixos poderiam ajudar os orçamentos estaduais que financiam estes programas.
Os preços mais baixos dos medicamentos também ajudarão os pacientes que não têm cobertura de seguro e pouca capacidade de negociar melhores acordos sobre o que pagam.
Mas mesmo os que têm descontos elevados, de 50%, encontrados através do site da administração, ainda podem deixar os pacientes a pagar centenas de dólares por mês por algumas receitas.
William Padula, professor de economia farmacêutica e da saúde na USC, disse que o Medicaid já tem as taxas de medicamentos mais favoráveis, que em alguns casos estarão próximas do preço de "nação mais favorecida", pelo que resta ver que outros impactos isso poderá ter, como mais investigação e desenvolvimento.
"Não pode ser mau. Não vejo muitas desvantagens, mas é difícil avaliar quais serão as vantagens", afirmou Padula.
E embora seja significativo que Trump tenha conseguido trazer as grandes farmacêuticas à mesa para negociar preços mais baixos, serão precisos vários anos para medir a eficácia desta iniciativa em termos de mais pessoas obtendo mais vantagens nos medicamentos de que necessitam.
"É bom para o seu 'stock' e é bom para o seu futuro" em investigação e desenvolvimento, realçou Padula sobre a vantagem para as empresas farmacêuticas.
Responsáveis da administração Trump disseram que os fabricantes de medicamentos também venderão os prontos para farmácia na plataforma TrumpRx, que será lançada em janeiro e permitirá às pessoas comprar medicamentos diretamente aos fabricantes. Empresas como Merck, GSK e Bristol Myers Squibb também concordaram em doar quantidades significativas de ingredientes farmacêuticos ativos para uma reserva nacional e em formular e distribuir esses ingredientes em medicamentos, como antibióticos, inaladores de emergência e anticoagulantes, conforme seja necessário em caso de emergência.
A Bristol Myers Squibb, com sede em Nova Jérsia, anunciou ainda que irá fornecer gratuitamente ao programa Medicaido o seu anticoagulante de referência prescrito para reduzir o risco de coágulos sanguíneos e AVC.
Conhecido como Eliquis, é o medicamento mais prescrito da empresa, sendo também um dos medicamentos mais utilizados pelo Medicaid.
Padula defendeu que as doações, que abrangem alguns dos medicamentos mais críticos do mundo, representam um passo significativo em direção à equidade na saúde e um reconhecimento de que os fabricantes de medicamentos podem procurar lucros noutras áreas das suas operações.
Outros grandes fabricantes de medicamentos, incluindo Pfizer, AstraZeneca, EMD Serono, Novo Nordisk e Eli Lilly, celebraram acordos semelhantes com a administração Trump no início deste ano.
Embora os termos individuais não tenham sido divulgados, a administração norte-americana já negociou preços mais baixos de medicamentos com 14 empresas, desde que Trump enviou publicamente cartas aos executivos de 17 farmacêuticas sobre o assunto, observando que os preços nos EUA para medicamentos de marca podem ser até três vezes superiores à média dos praticados em outros países. Trump ameaçou as empresas farmacêuticas com tarifas de 10% para as levar a "fazer a coisa certa".
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