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Venâncio Mondlane chega a Maputo dois meses e meio depois

Foi recebido por vários apoiantes.

09 de janeiro de 2025 às 07:04

Venâncio Mondlane já chegou ao Aeroporto Internacional de Maputo. Ao chegar, ajoelhou-se, em oração, perante aqueles que aguardavam o seu regresso, dois meses e meio depois. 

O político moçambicano, que não aceita o resultado das eleições de 9 de outubro, foi recebido por vários apoiantes.

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Venancio Mondlane chega a Maputo

VÍDEO: Venâncio Mondlane/Facebook

Já no exterior do edifício, Mondlane apresentou-se com uma grinalda de flores à volta do pescoço, enquanto falou com os jornalista. "Eu não saí de Moçambique por medo", referiu, confirmando que está pronto para enfrentar o que for necessário.

Após as palavras aos jornalistas, os apoiantes do líder da oposição moçambicana gritaram "Este país é nosso! Salvem Moçambique!", como gritos de apoio a Mondlane.

Antes da chegada de Mondlane, pelas 6h20 (hora local) foram ouvidos disparos nas imeadiações do aeroporto, que já se encontrava fortemente controlado pela polícia.

Mondlane anunciou que o seu regresso ao país marca o início da nova fase de contestação aos resultados das eleições gerais de 9 de outubro, que denominou de "Ponta de lança".

Confrontos entre a polícia os manifestantes já provocaram quase 300 mortos e mais de 500 pessoas baleadas desde 21 de outubro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.

O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique fixou 15 de janeiro para a tomada de posse do novo Presidente, que sucede a Filipe Nyusi.

Em 23 de dezembro, o CC, última instância de recurso em contenciosos eleitorais, proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição presidencial, com 65,17% dos votos, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar.

O anúncio levou de imediato a novos confrontos, destruição de património público e privado, manifestações, paralisações e saques, mas na última semana, sem novas convocatórias de protestos, a situação normalizou-se em todo o país.

O Tribunal Supremo já afirmou, anteriormente, que não há qualquer mandado de captura emitido para Mondlane nos tribunais.

Mas o Ministério Público abriu processos contra o candidato presidencial, enquanto autor moral de manifestações que, só na província de Maputo terão causado prejuízos, devido à destruição de infraestruturas públicas, no valor de mais de dois milhões de euros.

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