Medida quer incentivar retoma das negociações entre a oposição apoiada pelos norte-americanos e o governo de Nicolás Maduro.
O Governo do Presidente Nicolás Maduro disse esta terça-feira esperar que a decisão dos EUA de aliviar algumas sanções internacionais contra a Venezuela marque o início de um novo caminho que leve ao levantamento de todas as medidas.
"A Venezuela espera que estas decisões dos Estados Unidos da América preparem o caminho para o levantamento absoluto das sanções ilegais que afetam todo o nosso povo", expressou a vice-presidente da Venezuela na sua conta do Twitter.
Delcy Rodríguez começou por explicar que "o Governo Bolivariano da Venezuela verificou e confirmou notícias publicadas que dão conta que os EUA autorizaram as companhias petrolíferas americanas e europeias a negociar e reiniciar as operações na Venezuela".
"O mundo sabe que a Venezuela deu os primeiros passos no caminho da recuperação económica com esforços próprios, denunciando e superando as sanções ilegítimas e o bloqueio desumano. O nosso povo orgulha-se do trabalho e do conseguido nos últimos tempos", explicou.
Delcy Rodríguez sublinhou ainda que o Governo da Venezuela, "apegado aos seus profundos valores democráticos, continuará a promover incansavelmente um diálogo frutuoso em formato nacional e internacional".
O Governo dos EUA está a preparar o alívio de algumas sanções económicas à Venezuela, medida vista como uma tentativa de incentivar a retoma das negociações entre a oposição apoiada pelos norte-americanos e o governo do Presidente Nicolás Maduro.
As mudanças, que serão limitadas, permitirão à Chevron negociar a sua licença com a petrolífera estatal PDVSA, mas não autorizarão a prospeção ou exportação de qualquer petróleo de origem venezuelana, revelaram hoje dois altos funcionários da administração norte-americana à agência Associated Press (AP).
As mesmas fontes acrescentaram que Carlos Erik Malpica-Flores, antigo gestor da PDVSA e sobrinho da primeira-dama da Venezuela, será removido da lista de indivíduos alvo de sanções.
Estas medidas surgem no seguimento de uma demonstração de abertura por parte de Maduro, após uma reunião, em março, com representantes do governo do Presidente Joe Biden.
Vêm também na sequência de uma recente reunião entre autoridades dos EUA e a principal coligação de oposição, Plataforma Unitária (PU), para discussão sobre o caminho a seguir.
Dezenas de venezuelanos, incluindo o procurador-geral do país e o responsável pelos serviços prisionais, e mais de 140 entidades, entre estas o Banco Central da Venezuela, vão continuar na lista de sanções.
O Departamento de Tesouro norte-americano continuará a proibir transações com o governo venezuelano e a PDVSA nos mercados financeiros dos EUA.
O próprio Presidente venezuelano está sob acusação nos Estados Unidos, acusado de conspirar para "inundar o país com cocaína" e usar o tráfico de drogas como "arma contra a América".
O governo da Venezuela suspendeu as negociações com a oposição em outubro de 2021, após a extradição para os EUA de um importante aliado de Maduro por acusações de lavagem de dinheiro.
O chefe de Estado venezuelano condicionou o regresso à mesa de negociações à libertação do empresário Alex Saab, que foi extraditado de Cabo Verde.
A Chevron, com sede na Califórnia, é a última grande empresa de petróleo dos EUA a fazer negócios na Venezuela, onde investiu pela primeira vez na década de 1920.
A Venezuela tem das maiores reservas de petróleo do mundo, mas a sua agitação política e declínio económico levaram mais de seis milhões de pessoas a migrarem nos últimos anos.
Os EUA e outros países retiraram o reconhecimento a Maduro depois de o acusar de fraude eleitoral na sua reeleição, em 2018, como Presidente.
No lugar de Maduro reconheceram Juan Guaidó, que era na altura o líder do Congresso dominado pela oposição e que se mantém como líder da Plataforma Unitária.
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