40.º aniversário da adesão à então Comunidade Económica Europeia assinala-se a 1 de janeiro de 2026.
A presidente da Comissão Europeia salientou que a adesão há 40 anos de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), agora União Europeia (UE), foi um "marco na unidade europeia", lembrando a inovação portuguesa.
"Há 40 anos, assinalámos um marco na unidade europeia: Portugal e Espanha tomaram o devido lugar no coração da Europa. Este momento tornou a nossa União melhor - cultural, política e economicamente. Juntos, superámos muitos desafios, partilhámos sucessos e tornámo-nos mais resilientes e podemos estar verdadeiramente orgulhosos deste feito, que só foi possível através do trabalho conjunto", afirma Ursula von der Leyen.
Numa declaração enviada à Lusa a propósito do 40.º aniversário, que se assinala a 01 de janeiro de 2026, a responsável apontou que, desde a adesão, "este belo país - jardim à beira-mar plantado - tornou-se um farol de liberdade, esperança e empreendedorismo".
"A cultura rica e diversificada, do fado à arquitetura, a hospitalidade e o espírito de inovação de Portugal enriqueceram a nossa União. Portugal foi pioneiro em 'start-ups' e inovação. Os seus estudantes Erasmus levaram Portugal à Europa, assim como o levaram profissionais de formações diversas", enumerou.
Referindo-se a infraestruturas suportadas por verbas europeias, Ursula von der Leyen fala na construção de "novas escolas, hospitais e autoestradas, bem como a Ponte Vasco da Gama, a mais longa da Europa".
"A Europa é muito mais do que uma região - é uma ideia comum. A ideia de liberdade, paz e força mútua. A adesão de Portugal mostra que, unidos, somos mais fortes", adiantou.
Ursula von der Leyen é presidente da Comissão Europeia desde 01 de dezembro de 2019, quando iniciou o primeiro mandato, sendo a primeira mulher a ocupar este cargo.
A política alemã, antiga ministra da Defesa da Alemanha, está agora no segundo mandato de liderança do órgão executivo da UE, depois de o primeiro ter sido marcado por desafios como a pandemia da covid-19, a transição climática e a resposta europeia a crises geopolíticas.
A 01 de janeiro de 1986 foi concretizada a adesão de Portugal à CEE, que provocou mudanças estruturais significativas para o país.
Desde a adesão, há 40 anos, o país já recebeu mais de 100 mil milhões de euros em fundos europeus, aplicados sobretudo em infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, saneamento básico, educação e modernização administrativa.
Em termos económicos, de acordo com os gabinetes estatísticos europeu e nacional, entre 1986 e a atualidade o produto interno bruto (PIB) 'per capita' português em paridades de poder de compra passou de cerca de 50--55% da média da então CEE para valores próximos de 75% da média da agora UE, apesar de recuos na crise financeira.
A integração europeia incluiu ainda a entrada no espaço de livre circulação Schengen, a adoção do euro (em 1999, oficializada em 2002) e o acesso ao mercado único, que impulsionou exportações e investimento estrangeiro.
Em concreto, as exportações passaram de cerca de 15% do PIB nos anos de 1980 para mais de 45% do PIB, com forte diversificação de mercados.
Ao mesmo tempo, aumentaram os níveis de escolaridade, a esperança média de vida e a cobertura de serviços públicos essenciais, consolidando ganhos económicos e sociais, embora persistam desafios em termos de produtividade e de rendimentos.
Num Eurobarómetro divulgado em meados de dezembro deste ano, 69% dos portugueses inquiridos afirmaram ter uma imagem positiva da UE, o valor mais alto entre os 27 países-membros, e 71% disseram confiar nas instituições europeias, também acima da média comunitária.
Também nesse estudo de opinião, Portugal constava entre os países com maior percentagem de cidadãos que consideram que o país beneficiou da adesão à UE.
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