Chama-se imperativo categórico, foi criado por um filósofo alemão chamado Kant, estuda-se na escola (ou estudava-se no passado, espero que se mantenha), e é o princípio ético basilar da democracia. No fundo, trocado por miúdos, representa o que hoje em dia em Portugal anda nas bocas do mundo político como “ética republicana”.
O imperativo categórico determina que cada um de nós deve agir de tal forma que a nossa ação possa ser lei universal. Agir com base no dever, princípio que tem sempre uma dimensão prática. Agir de forma que possamos considerar que, se todos agíssemos da mesma forma, o mundo funcionava corretamente. Por oposição a agir de forma imoral, ou seja, de tal forma que, se todos fizéssemos o mal, o mundo era inviável.
Parece mera filosofia, e é, mas com tudo o que a filosofia implica para o pensamento e para a ação. Nestes dias em que vivemos numa profunda crise de valores, é relevante recomendar os clássicos, porque são eles que nos iluminam. Andamos com um problema ético na nossa vida política. Prevalece o princípio da oportunidade em detrimento do princípio do dever.
Multiplicam-se os casos de homens e mulheres que agem de forma pouco ética antes, durante ou depois de exercerem cargos públicos. Há um rasgão ético na vida pública portuguesa, e isso pode contaminar o próprio regime. Urge inverter essa marcha desgovernada.
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Por Carlos Rodrigues
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