Carlos Rodrigues
DiretorA tragédia no Elevador da Glória foi horrível. O que aconteceu é impensável. Neste primeiro Bilhete Postal desde o acidente, quero reiterar os sentidos pêsames a todas as famílias enlutadas, em nome do CM e em meu nome pessoal. A Glória passa a ser uma ferida por cicatrizar no coração de Lisboa, e era bom que a cidade transformasse aquela encosta num memorial para homenagear as vítimas. Talvez um jardim panorâmico fosse uma ideia respeitável para ocupar aquele espaço onde, em tempos e durante mais de um século, houve um funicular, e não pode voltar a haver. Apurar com rigor o que esteve na origem da queda é um imperativo categórico da nossa democracia. Tal como o é pararmos com a complacência para com tudo o que falha e que faz deste um Estado cada vez mais perto de fracassar. Quando o primeiro relatório sobre o acidente diz que não foi possível apurar qual a entidade que supervisiona o elevador, estamos à beira de um crime perfeito, aquele em que ninguém é culpado porque não há lei nem polícia. Isso é intolerável. Tal como seria intolerável a eventual demissão de Carlos Moedas. Até ao momento, não há um único indício de responsabilidade por parte do autarca, nem por ação, nem por omissão. Haverá muitos motivos para aplaudir ou reprovar a gestão de Moedas, mas nenhum deles passa pelo Elevador da Glória, ocasião difícil entre todas, que o edil enfrentou com energia e determinação.
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Por Carlos Rodrigues.
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