Carlos Rodrigues
DiretorAo fim da primeira semana de debates já há uma conclusão principal que se pode tirar sobre a campanha para as presidenciais. Ei-la: a candidatura de Gouveia e Melo arranca numa posição muito frágil, porque o candidato não tem posições sólidas nem conhecidas sobre a generalidade dos problemas.
Todos os debates em que participou até ao momento acabaram transformados numa espécie de prova oral, em que Gouveia e Melo é posto à prova de várias formas: é posto à prova para explicar o que pensa efetivamente sobre os principais temas da política pública, como a saúde, a defesa, os poderes presidenciais ou as razões para demitir Governos e antecipar eleições. Depois, é posto à prova para explicar ou desfazer as contradições detetadas nas sucessivas declarações avulsas que foi fazendo nos longos 12 meses de pré-campanha, e que continua a fazer, agora, nos debates. E, finalmente, está a ser posto à prova porque as ideias que consegue transmitir não têm sido congruentes entre si, e os adversários têm feito questão de expor essas contradições, mudanças de opinião ou reviravoltas de forma veemente.
É por tudo isto que Catarina Martins consegue terminar o debate de ontem, em que questionou Gouveia e Melo sobre diversas áreas da política, a dizer que “afinal estamos mais separados do que eu pensava”. Ou, como disse o candidato logo a abrir, “há um oceano a separar-nos”.
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Por Carlos Rodrigues
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