Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesEntre a versão “draft” do RASI e a versão final, houve um capítulo que desapareceu. Esse Capítulo, chamado “Extremismos e Ameaças Híbridas”, fazia uma descrição detalhada sobre a extrema-direita, chamando a atenção para realização de eventos internacionais, como concertos musicais, que se tornam locais de recrutamento e radicalização e onde, através da presença de influencers de extrema-direita, se tentam cativar os mais jovens, quer presencialmente, quer através das redes sociais. O referido capítulo foi banido, mas a manifestação de extrema direita ocorrida no dia 25 de abril em Lisboa, o número de menores ali presentes, alguns levados pelos progenitores, completamente radicalizados, violentos mesmo, que não tiveram nenhum problema em partir para a violência, mostra que o trabalho da PJ estava certo e que os perigos para que apontava, existem mesmo. Não sei se a classificação daqueles movimentos como ameaça foi feita por quem tem essa competência. O que sabemos todos é que a ameaça existe e está aí presente. Aquilo que se deveria ter feito, não era retirar o capítulo, mas sim saber a razão pela qual quem deveria conhecer aqueles movimentos, não os conhecia. Infelizmente fomos pelo caminho mais fácil. Ignoramos o problema. Espero que ninguém se arrependa mais tarde.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Devem ser tratados como aquilo que são; não como sportinguistas mas como criminosos.
Este tipo de medidas, destina-se a proteger a sociedade de indivíduos perigosos, de criminosos por tendência.
Percebemos que aquele funicular era uma bomba relógio.
Mais do que um caso criminal, é um caso social.
Neste ano falhamos na prevenção de forma estrondosa.
Perturbação tem sido causa de homicídios em contexto de violência doméstica.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos