Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesO sem-abrigo detido pela PJ por ter violado duas jovens de 16 anos em Gaia, mais do que um caso criminal, é um caso social. Todos os envolvidos, as vítimas e o violador, vivem vidas longe dos cânones sociais. As duas jovens, estavam acolhidas em duas instituições diferentes de onde haviam fugido. Conheceram-se na rua. Viviam um dia de cada vez, alimentando-se do que conseguiam encontrar e dormiam onde o sono as atacava. O violador, um indivíduo de 39 anos, desempregado de profissão, sem residência e sem qualquer tipo de ligações sociais. Alimentava-se do que conseguia obter, fosse dado ou furtado. Abrigava-se em casas devolutas. Vítimas e agressor conheceram-se nesta vida errante. Ficaram amigos de infortúnuo. A agressor convidou as menores a dormiram na “sua casa”, que não era mais do que uma casa abandonada. Aí, juntos comeram e consumiram drogas e álcool juntos. A forma como conseguiram dinheiro para adquirir a droga, fica à imaginação de cada um. No meio daqueles consumos excessivos, o agressor acabou por, em situações diferentes, violar as menores, mantendo relações sexuais com elas. Foi preso por este crime, mas as vidas destas pessoas e a forma como “vegetam” na nossa sociedade, é algo que dificilmente poderia ter um outro fim. Misérias sociais, que teimamos em não querer ver.
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Parece que havendo um inquérito, ele só tem mérito se houver acusação.
Será que ninguém sabia ou desconfiava de nada?
Em 29 estados da Europa, só dois não têm a pena de prisão perpétua.
Este caso remete-nos para a finitude da vida e para a incapacidade da ciência em resolver todos os casos.
Prisão preventiva é a única medida de coação que protege a sociedade.
Provados os crimes, devem ser exemplarmente punidos.
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