Carlos Anjos
Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de CrimesA tragédia ocorrida com o Elevador da Glória continua bem presente. É impossível esquecer o que ali se passou e não pensar que qualquer um de nós podia ter sido vítima daquela tragédia. O relatório preliminar do Gabinete de Investigação concluiu que o cabo do elevador cedeu no ponto de fixação. Tudo se passou em 50 segundos. O guarda-freio assim que se apercebeu da falha do cabo, acionou de imediato os dois sistemas de travagem, mas nenhum funcionou. Concluiu o relatório, que os sistemas de travagem não eram redundantes, pois em caso de rutura do cabo, não funcionavam. E é isto que devíamos estar a discutir. Com base nestas conclusões, percebemos que aquele funicular era uma bomba relógio; havendo uma rutura daquele cabo – e isso podia acontecer por qualquer momento – o desastre era iminente, já que não existia qualquer sistema redundante que o impedisse. Como é possível, que sucessivas administrações da Carris, Ministros dos Transportes até 2017 e desde aí, da Câmara Municipal de Lisboa, bem como os serviços de inspeção e manutenção, primeiro da Carris e depois de externalizado o serviço, as empresas de manutenção contratadas, ninguém tenha chamado a atenção para esta situação. Ninguém viu o perigo? Foi preciso o cabo ceder, para se aperceberem que não existiam redundâncias?
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Percebemos que aquele funicular era uma bomba relógio.
Mais do que um caso criminal, é um caso social.
Neste ano falhamos na prevenção de forma estrondosa.
Perturbação tem sido causa de homicídios em contexto de violência doméstica.
Nem os particulares, nem o Estado cumprem as suas obrigações.
Um amor repudiado, que rapidamente se transformou num ódio violento.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos