Um desfile de aspas. Pequeno. No papel e nas goelas. Massacre, barbaridades, barbárie, terrorista, são alguns exemplos de quem não chama os burros pelos nomes. Consideram a invasão do Hamas ao recinto do festival de música, disparando sobre os jovens e levando reféns, um massacre no sentido conotativo. Colocam aspas. É. As aspas dizem o que na verdade as pessoas sentem, mas faltam-lhes vegetais para assumir. Os corpos dos 260 jovens que só estavam a divertir-se, a essas criaturas não lhes parece ser massacre como defende o dicionário, chacina, matança, morticínio. No kibbutz Kfar Aza, onde cabeças de crianças estavam no chão ao lado dos pais no fundo do mar de sangue, também há gente a que este cenário não lhes lembra chacina, a frio, de frente. Centenas de civis. Morreram, escrevem. Não morreram, não. Foram assassinadas. 1300 vão entrar nas covas. Chorar é escrever. O Hamas é lido como um grupo, uma resistência, só não é chamado de santo. Há almas que não vão longe ao pote: escrevem terrorista entre aspas, para não melindrar o saco de uma concordância. A guerra de Israel não é contra o povo palestiniano, mas para derrubar, e de vez, o Hamas, esses mesmos terroristas que, em tempos, ataram as pernas dos seus irmãos da Fatah a tubos de escape e fizeram corridas até à morte.
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