O tema voltou à ribalta com a barulheira que as magníficas e valorosas presenças do Padilla no Campo Pequeno deixaram no ar. Os mais velhos (como eu) voltaram a relembrar o que viveram nos anos 40, quando o mexicano Gregorio Garcia, um toureiro de mediana qualidade mas de muito valor, mexeu com isto tudo. De tal modo que muita gente responsável logo surgiu a relembrar que à presença desse toureiro nas nossas arenas durante quase uma década ficamos a dever a ‘fortuna’ de mais de uma dezena de matadores nascidos em Portugal terem confirmado alternativa em Las Ventas por direito e justiça. E que outros, também cá nascidos e feitos, tenham tido as suas tardes de glória por todo o mundo do toiro.
Um mundo de muito difícil entrada e bem fácil saída, bastando que o telefone do apoderado toque ou não toque, ou que a cornada fatal, ou mesmo a que deixa marcas na carne ou no cartel, imponha a sua lei. Pessoalmente, e como aficionado ao toureio a pé, com alargada vivência em praças de Espanha e não só, não creio que os recentes feitos de Juan José Padilha, de Roca Rey e outras figuras possam dar grande contribuição para o ansiado ‘ressurgimento’ do toureio a pé em Portugal. Saber de toiros, sobretudo quando se trata da corrida integral (ou mesmo do seu ‘arremedo’, como por cá é permitido), exige aculturação, sentimento, paixão e mesmo alguma dose de sacrifício – exigências que não se enquadram no estilo de vida da maioria da nossa ‘afición’.
Acresce que também não dispõem da ajuda mediática que tivemos, os da minha geração, quando todos os diários da capital (e não só) dispunham de um cronista fixo. Por eles passava a responsabilidade de irem ensinando e de não se limitarem a dar nota de colhidas ou outro tipo de apontamentos sem sentido pedagógico, como hoje por vezes acontece.
Serei só eu a pensar assim?
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