Esta semana acendeu-se uma luz de aviso no carro e tive de o levar à oficina. Quando lá cheguei os senhores da recepção disseram-me que fechavam em 20 minutos e que tinha de fazer uma marcação para voltar no dia seguinte. Expliquei-lhes que tinha compromissos e que necessitava urgentemente do carro. Perguntei se não podiam pelo menos ver se era algo grave que me impedisse de o usar. Acederam e levaram o carro. Poucos minutos depois estava feito. Tratava-se apenas de uma pequena falha que foi prontamente resolvida. Com boa vontade, tudo se resolve. Foram muito prestáveis e simpáticos.
Agradeci o gesto e fiz-me à estrada. Pelo caminho pensei: será que há um livro de elogios como há um livro de reclamações? É que somos sempre tão rápidos a reclamar e raramente nos lembramos de elogiar quando somos bem servidos. Diz-se que um cliente satisfeito diz a uma pessoa, o cliente insatisfeito diz a cem (atenção que 80% das estatísticas são inventadas na hora).
Quando, por exemplo, vou a um restaurante e sou bem servido, a comida até me sabe melhor. Ou quando vou às Finanças e sou bem tratado, as multas até me sabem melhor. Bem, neste caso talvez não se aplique. É preciso cuidado com as generalizações, mas acho que podemos concordar com o seguinte: o português gosta de reclamar. Se tem ou não razão, isso já é outra conversa.
Se a DECO fosse um partido político, com tanta gente a reclamar neste país, ganharia todas as eleições. Com certeza há muitas coisas que precisam de mudar para melhor, mas também há muita coisa que é preciso enaltecer. Acontece que é mais fácil ver defeitos do que virtudes.
As críticas são úteis quando são fundamentadas e construtivas. Como um amigo meu a quem mostrei uma das minhas crónicas e perguntei "O que achaste?" e me respondeu: "Gosto muito das tuas músicas".
É bom ver as nossas qualidades enaltecidas. É animador. O elogio tem esse efeito. Convém é que seja sincero. Há uns anos, numa Queima das Fitas em que ia actuar, o concerto foi apresentado da seguinte forma:
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