A minha noite começara com pão escuro de centeio molhado em azeite da Casa de Mateus e uma açorda de cogumelos com vitelinha maronesa. Não vos falo dos vinhos, porque há limites para a vossa tolerância, mas há muito que não bebia um branco tão perfeito para a ocasião: um palácio do século XVIII, a memória da família Sousa Botelho Albuquerque e saber que ali por perto estava a monumental edição de ‘Os Lusíadas’ comissionada e dirigida pelo Senhor Morgado de Mateus, o 5.º, José Maria (1758-1825) – um caso de romance, música (já ouviram a Banda de Música de Mateus, prodígio de sopros com mais de 220 anos de existência?), barroco, árvores e paisagem. Não deve haver amanhecer tão dado a essa espécie de doçura do barroco de Trás-os-Montes, coisa tão rara e comovente. Ainda por cima, morrinhava entre o arvoredo, morrinhava sob o mais alto cedro (um belo ‘Cedrus deodara’ de 1810, quase 50 metros de altura) em frente ao palácio. Barroco das árvores, barroco dos telhados, escadarias e varandas da Casa de Mateus. Passo adiante, mas Mateus é um dos meus sítios, e uma visita, por pequena que seja, não vos há de fazer senão bem. E, como todas as coisas sublimes, abre o apetite.
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