Gonçalo M. Tavares
EscritorTuristas estão a dificultar operações de socorro e resgate no vulcão Etna.” Há um chamado “turismo de catástrofe”, outro designado como “turismo macabro”. Os turistas, em vez de correrem em direção à beleza, correm em direção ao perigo ou à destruição. Em vez de colocarem telemóveis a fotografar a sua pose ao pé dos grandes monumentos, fotografam vulcões em erupção imprevisível, tempestades marítimas a poucos metros de si, etc., etc. Há os voyeurs profissionais das desgraças, sempre houve, nas aldeias e nas cidades. Aqueles que se aproximam quando há alguma tragédia. A beleza não atrai tanto como a desgraça, poderia dizer-se. Ou talvez seja ela por ela. Mas, nos últimos anos, os tours turísticos perigosos multiplicam-se. Venham ver o perigo! – poderiam anunciar os panfletos materiais ou virtuais destes tours. O que está a acontecer, então, nestes dias, é que o vulcão Etna entrou em atividade, o que o torna perigoso, e os turistas da catástrofe aproximaram-se o mais possível. Carros, diz a notícia, “estacionados em ruas estreitas”, impedindo a possibilidade de veículos de socorro passarem, etc.; as pessoas a ultrapassaram as barreiras de segurança, enfim, uma festa – e o caos está instalado.
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