Rui Moreira
Presidente da Câmara Municipal do PortoO fenómeno do terrorismo confunde-se, cada vez mais, com o da pura violência. Um multiatropelamento em Londres assemelha-se, nas consequências, a um ato de um tresloucado em Barcelos. E a mesma faca que serve de arma a um terrorista na Europa pode servir a um crime passional em Portugal.
As leituras é que nem sempre coincidem. E variam em função de raças e etnias, em função da geografia e das novas agendas populistas.
E, por isso, os abusos de soldados americanos sobre prisioneiros iraquianos são vistos no ocidente como crimes comuns e nunca como terrorismo. O rapto violento de um norte-americano por mercenários num país islâmico já o é, nem que o único objetivo dos raptores seja a extorsão.
O pior da natureza humana, o mal, não precisa de pretexto. A vontade de ver sangue derramado sempre acompanhou a história do Mundo. O que parece ser novidade, ou pelo menos ganha uma nova dimensão, é o efeito altamente catalisador que a mediatização destes casos provoca.
No terrorismo internacional, podemos estar a assistir a uma perda de capacidade das grandes organizações como o ISIS ou a Al Qaeda. Mas as suas agendas continuam a ser mediaticamente cumpridas, gerando o mesmo terror, usando armas que mais não são do que os objetos quotidianos da vida ocidental.
Este novo caminho do terrorismo só existe se for notícia. É através da hipermediatização destes atos que o terror atinge a dimensão desejada, e faz alastrar o medo. E é através da notícia que o modus operandi do novo terrorismo se espalha.
Nos crimes domésticos e na violência familiar passa-se algo de não muito diferente. Após um crime como o de Barcelos, logo surgiram, nos dias seguintes, outros casos, como que a sugerirem terem mimetizado o primeiro.
A imprensa e, sobretudo, televisões têm a obrigação de estudar esses fenómenos de mimetismo da violência com atenção e responsabilidade, e até de se autorregular nessa matéria. Assim como as autoridades devem ser as primeiras a não promoverem que se ultrapasse a fronteira da tragédia para o espetáculo.
Dito tudo isto, são inaceitáveis as agressões de que foram alvo jornalistas da RTP, esta semana, à porta de uma escola de Chelas. Inaceitáveis e imperdoáveis, seja qual for a motivação e contexto. E não é tolerável que se tente relativizar o que sucedeu. O relativismo, hoje tão em voga, é um grande aliado do mal.
Cinema regressa à Baixa
Para os que não acreditavam ser possível a cidade recuperar muita da sua dinâmica aos centros comerciais, este é o exemplo de como, com um pequeno impulso público, é possível deixar a economia fazer o resto. E que, nesse aspeto, a cultura desempenha um enorme papel catalisador das dinâmicas sociais, económicas e de emprego. Por isso, se ainda não foi ao novo Trindade, aqui fica a sugestão. Há cinema na Baixa.
Notícias sobre ligações aéreas
As notícias que resultam destes anúncios são sempre das mais partilhadas e comentadas no meu Facebook. Esse fenómeno positivo demonstra que a opinião pública não tem dúvidas acerca da importância de termos uma cidade aberta e do enorme papel que o Aeroporto do Porto desempenha na economia da região.
Protagonistas Cristiano Ronaldo Fraca estatuária
Gisela João
Celebração da alegria
O fado não tem de ser triste. Que o digam todos os que assistiram ao concerto de Gisela João no Coliseu do Porto, na sexta-feira passada, dia 31 de março. Uma grande fadista que irradia felicidade.
Crise na Venezuela
O golpe de Maduro
O chavismo, apreciado e desculpabilizado pela esquerda populista europeia, continua a desrespeitar a ordem democrática e os direitos humanos.
Estrela Serrano
Sem vergonha
Não se trata de mais uma gafe da jornalista. Os seus dislates são conscientes e demonstram que não pode fazer parte do conselho de opinião da RTP.
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Dão frescura e intensidade a qualquer salada e a qualquer grelhado.
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A Suécia abriu a porta ao debate, e ele não deverá ser adiado.
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