Presidente (quase) presidiário

Culpado. O antigo Presidente francês foi assim considerado por alegado financiamento ilegal da sua longínqua campanha presidencial de 2007 com dinheiro do governo do então líder líbio Muammar Kadafi. O Tribunal de Paris sentenciou-lhe cinco anos de cadeia. Não é pena suspensa e coisa que, por aqui, em Portugal, tanto acontece. Prisão efectiva. Mais 100 mil euros de multa e cinco anos de proibição de exercer cargos públicos. Como uma desgraça nunca vem sozinha, recebeu também uma ordem de prisão preventiva, com efeito imediato. Até meio de Outubro, cara a cara com o Ministério Público, será notificado da data de início em que começará a ver o astro-rei na forma quadriculada. Não foge com o fim das costas à seringa; vai assumir a responsabilidade e cumprir a ordem da justiça, e se for preciso dormir na prisão (é o que acontece sempre aos prisioneiros), dorme. Pois. Não lhe sobra hipótese. Após a condenação, e depois de Nicolas Sarkozy falar à imprensa, a mulher com quem casou em terceira núpcias, cujo namoro /casamento fez manchetes, arrancou a esponja do microfone de um jornalista e colocou-o no chão. Que educada, que rapariga encantadora, ao contrário. É pena que ninguém lhe tenha tirado o pio durante uma actuação. Se lhe tivessem feito o mesmo, quiçá usaria a cabeça não unicamente para o penteado. O marido, até esteve bem, no mal que lhe caiu nos ombros. A cantora, no Instagram, amparou-lhe com a pergunta se podia tocar uma canção para ele, Sarkozy, o amor, o seu. É claro; canta, querida, e a querida cantou a música dos Beatles, ‘Let it Be’, cuja letra é, ou devia ser, uma lição de paciência, e aceitação das adversidades.