O caso ‘Tutti Frutti’ é o espelho da nossa comunidade política. Mais do que o tempo manifestamente exagerado para investigar bagatelas penais, de queimar em lume brando possíveis suspeitos que nem chegaram a ser ouvidos pelo Ministério Público, as escutas recolhidas, e que vieram a público, revelam a pelintrice dos nossos dirigentes políticos, tipo plantas infestantes que contaminam os graus intermédios dos fazedores de política de vão de escada. Vereadores que se deixam aliciar com a oferta de uma viagem, deputados eufóricos por surripiarem meia dúzia de patacos a troco de um prato de lentilhas mostram que o caso Miguel Arruda, o tal das malas, faz parte desta geração de políticos rascas apaixonados pelas práticas de coisas rascas. É inacreditável que gente que se veste luxuosamente e perfuma, quais querubins da ‘nouvelle politique’, com discursos solenes sobre honradez e valores morais, é mera enxúndia. Os crimes de que são acusados têm o seu próprio tamanho. São mesquinhos. E poucas dúvidas haverá pelas suas participações nas universidades de verão dos principais partidos - são só palavras heroicas. Porém, vazias de conteúdo. Pelintras.
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