A ideia na moda é criar diferenças entre as pessoas. Uma maioria dos legisladores votou na Assembleia da República como se cada individuo fosse um problema e não o artífice da solução. Na legislação sobre imigração e nacionalidade assiste-se à pressa em dispor por lei o que a realidade contradiz. Os procedimentos suscitam dúvidas e sabe-se como medidas mal pensadas hipotecam o futuro. Basta lembrar o que gerou o fecho de maternidades, há duas dezenas de anos, porque nasciam menos bebés; ou o encerramento de escolas, também no Governo de José Sócrates, com hostilização aos professores, porque não havia crianças. Hoje as grávidas desesperam por quem as atenda nos hospitais e aos alunos falta quem lhes ensine em várias disciplinas. Há quem atribua estes problemas do País à imigração, mas o veredicto da História corrige as perceções. Em Portugal não é preciso inventar diferenças, mas sim pôr a trabalhar o motor da igualdade. Não para uma sociedade de replicantes, com todos iguais, mas para a população beneficiar de mais bem-estar. Apontar à igualdade deu bons resultados nos últimos dois séculos. Na Saúde, por exemplo, a esperança média de vida no mundo passou de 26 anos em 1820 para 72 anos em 2020.
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