Agora que está concretizada a maior alteração partidária, feita com votos, no Portugal democrático, o prato mais apetecido do menu político é mesmo a Revisão Constitucional. Marginalizados e não apenas derrotados na votação fundadora de Abril de 1976 imaginam a hora da desforra. No lado oposto, guardiões da magna carta da democracia portuguesa resistem na salvaguarda de valores que escaparam ao desgaste dos tempos. Para trás, ficaram sete revisões constitucionais que trouxeram grandes mudanças, como o fim do Conselho da Revolução, em 1982, e da Irreversibilidade das Nacionalizações, em 1989. Porém, a maioria das alterações gerou apenas ajustes jurídicos exigidos por tratados internacionais. E até já aconteceu uma alteração que não mudou nada: a possível criação de círculos uninominais na eleição de deputados para a Assembleia da República (Artigo 149.º) está fechada, há 28 anos, na gaveta do poder das sucessivas maiorias PS e PSD. A personificação dos candidatos poderia, eventualmente, poupar os socialistas da clamorosa derrota eleitoral, mas o passado está morto. Na política vive-se sempre a edificar o futuro. Rever a Constituição pode empolgar os políticos, mas será seguir igual para os descontentes.
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