Vivemos num mundo material, como um dia cantou Madonna, onde há cada vez menos espaço para as emoções. Ela sempre olhou friamente para a sua carreira, mesmo quando cantava sobre o sexo ou a religião. Desde muito cedo que Madonna tentou atingir o cume. Colou a sua imagem à de Marilyn Monroe. Conseguiu sempre mostrar que era uma rebelde sem pausas, promovendo a ruptura. Ao pé dela, personagens como Lady Gaga sempre foram aprendizes de feiticeira. Aos 56 anos, Madonna continua a ser um dos nomes que definitivamente marcaram a música pop desde a década de 1980.
Não é pouco. Depois da controvérsia sobre a pirataria dos temas do novo disco e da queda num palco, sai finalmente ‘Rebel Heart’. Um disco longo, como se mostrasse que ela ainda está disponível para uma longa marca no mundo da pop. Reinventando-se sempre. Se uma das versões do CD tem 19 temas, a outra desdobra-se por dois discos. Compreende-se: são o seu lado solar e lunar. Um deles está cheio de reflexões sobre os casos amorosos que falharam e sobre as dúvidas que tem sobre a sua vida. Em ‘Wash All Over Me’ canta mesmo, como se estivesse defronte de uma flecha mortal: "In a world that’s changing, I’m a stranger in a strange land".
‘Rebel Heart’ representa as duas faces de Madonna: por um lado, traz-nos os temas que ela gostaria de fazer, e, por outro, aqueles que ela se vê obrigada a fazer para conquistar novos fãs. Parece ser este o mundo sobre o qual a cantora balança. E de onde pode cair. Mas essa é a dúvida que assalta todos os músicos honestos de hoje.
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