Existem duas escolas de pensamento. A primeira, solene e pretensiosa, diz-nos que ‘50 Sombras…’ fez sucesso porque revelou o lado negro – ou, melhor dizendo, o lado cinza das mulheres, que apreciam homens dominadores e com talento para usar o chicote. A segunda, desesperada e hilariante, confessa que esperava mais: mais sexo, mais emoção, mais "história".
Nenhuma destas escolas faz justiça ao produto. Porque ‘As 50 Sombras de Grey’ é um produto. De marketing. E que obedece com rigor às leis do negócio: cria expectativas; esconde as cartas do jogo; e quando finalmente as revela, descobrimos que era tudo "bluff". Mas então é tarde – e o otário já está dentro da sala, com a carteira mais vazia.
No fundo, o verdadeiro sadomasoquismo não está no livro – ou no filme. Está em todos nós, que salivamos de submissão porque alguém promete um biscoito de transgressão.
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