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Eduardo Cintra Torres

Eduardo Cintra Torres

Erros da autodefesa de Judite Sousa

30 de junho de 2017 às 00:30

Judite Sousa defendeu-se mal das críticas à encenação da sua pessoa com um corpo vítima de incêndio. Primeiro, comparou-se à jornalista-estrela da CNN Christiane Amanpour. Errou. A reportagem de Amanpour nunca a colocou em encenações com cadáveres.

Depois, usou uma reportagem de Anderson Cooper, da CNN no terramoto do Haiti. Péssimo exemplo. Cooper fez de si mesmo estrela heroica no Haiti em reportagem montada e passada em diferido. Fez de si mesmo o protagonista da notícia. O ego das estrelas.

Terceiro, revoltou-se no Facebook contra o presidente ERC, Carlos Magno, não por ele não ter razão em abrir inquérito, mas por se tratarem os dois por "compadres". Ora de compadrios no poder, seja político, económico ou mediático, estamos todos fartos.

A despropósito, ‘MasterChef’ (TVI) fez a promoção e propaganda de Fernando Medina, o portuense que preside à Câmara de Lisboa. O programa de entretenimento meteu a martelo um candidato autárquico a fazer campanha eleitoral. Se houvesse regulação…

O canal SyFy foi infeliz ao gracejar num anúncio de primeira página do ‘Público’ com o frio no Verão, quando o incêndio assassino ainda devastava Pedrógão Grande. Pior só a jornalista da TVI, que, sem perceber tratar-se dum anúncio, o leu como notícia.

O programa do ‘gordo’ está a emagrecer. ‘Preço Certo’ (RTP1) tem sistematicamente menos audiência que ‘Apanha se Puderes’ (TVI). Era um caso em que só a concorrência poderia destroná-lo. A TVI acertou no programa certo. Um concursinho com magros.  

TENDÊNCIAS

Idosos

‘Somos Portugal’ na tarde de domingo da TVI, teve mais audiência que o futebol na RTP1 (Chile-Austrália). Porquê? Tem uma base de audiência segura: se até aos 44 anos só o viu cerca de 2% da população, obteve 18,7% dos maiores de 75 anos. Neste grupo etário, a TVI tem ao longo do ano quase a mesma audiência da RTP1. Engordam os números, mas não as receitas publicitárias. Vitória amarga. 

Corneta

Domingo, pus-me a ouvir Marques Mendes (SIC) e parecia-me de novo ser Marcelo quem falava, não na sua oficial versão ‘unidade nacional’, ‘todos a remar para o mesmo lado’, mas na do comentador político de há anos: a de ‘divisor nacional’, da trica política e cenários políticos. A Corneta de Belém continua a servir de boneco do ventríloquo: diz o que Marcelo não quer dizer. 

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