Os tempos são férteis em casos de crimes de sensação: Jair assassinou São, Fernando é acusado de matar Mónica - e etc., pois muitos mais há. Escreveu um sociólogo em 1894 que o crime é um “fenómeno normal” e, por paradoxo, “necessário” para manter a sociedade unida; em consequência, é um factor social estruturante. Com a imprensa diária vibrante de então e de hoje, o crime é também elemento estruturante da informação jornalística. Eduardo Coelho, fundador do ‘Diário de Notícias’ em Janeiro de 1865, escrevia logo em Abril que o DN “ofereceu a todos […] o relatório diário de todas as virtudes e crimes, nobres acções e disparates” e levava aos leitores todo o tipo de acontecimentos, noticiando “já um sucesso de ventura, já um incidente de desgraça; um nascimento e um assassinato, um baptismo e um enterro; flores e dores - a imagem da vida”.
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As meninas podem ter pilinha.
Também me chocou que no Fundão tivessem visto a divulgação do caso como um "ataque" ao povo
Em Gouveia e Melo pressente-se a irascibilidade, a falta de preparação mínima, os acessos de cólera.
A ideologia do ofendidismo woke contribuiu para abalar a reputação do jornalismo, de todo ele.
Noutros tempos, falava-se e vivia-se politicamente com um leque amplo de conceitos; passámos a dois.
Mercantilização de debates é lamentável por parte da SIC e TVI, mas é repugnante no caso da RTP.
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