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Lembrei-me da história a propósito de um notável artigo de José António Saraiva e de uma personagem que, embora dotada de capacidades para um papel menor, adquiriu o dom de assumir e projectar o poder daqueles que com ela privam. Mais, revelando uma estranha variante do mal de Zelig, não só projecta o pathos dos que a entretêm e bajulam como chega mesmo a assumir as suas dores. E, numa variante à variante, predispõe-se ao tristíssimo papel de mensageira dos recados dos poderosos em que por simpatia se transforma.

Porém, esta variante transgénica do Zelig seminal possui adaptabilidade mitigada. Emula apenas os génios que têm levado ao quase apocalipse esta caricatura de cenário por onde deambula. Pula, de transformação em transformação, mas as personagens que emula são, cada vez mais, sempre as mesmas. Ao contrário do original, falta-lhe um verdadeiro golpe de asa. Sobra-lhe a desfaçatez e a arrogância. No país dos quase Zeligs, há um que impera…

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