Digamos que sou como o Rui Tavares - “Sou contra a burca e sou contra os gajos a favor da burca”. Mas sou ainda mais contra o projeto lei aprovado e que visa apenas construir uma narrativa de exclusão, a propósito de uma comunidade específica. É uma trapalhada punitiva. Sermos um estado laico é um argumento fraco, já que temos no espaço público manifestações de todas as religiões – e bem. A questão é simples: a narrativa dos apaniguados de Ventura aos ciganos acrescentou agora os muçulmanos. Assim se constrói o ódio que desagrega as sociedades atuais. Portugal não é a França e não é por causa deste diploma que um dia não vai chegar lá. Antes pelo contrário. Longe estamos do discurso de que o templo da Praça de Espanha é símbolo - construído a partir de 1980, num terreno cedido pela câmara, com apoio de países islâmicos. Também esse tempo não era então melhor. Nesses anos houve vagas de atentados de vária índole. Um ano depois da inauguração da mesquita de Lisboa, por exemplo, o grupo de Fouad Ali Saleh, com ligações ao Hezbollah, matou em Paris, de uma forma só ultrapassada na redação do Charlie Hebdo. A França não conseguiu impedir a radicalização e não é exemplo para ninguém.
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