Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoO Governo suspendeu o título campeão das aplicações de poupança em Portugal, a Série E dos Certificados de Aforro, que oferecia 3,5% brutos de juros e um prémio de 0,5% a partir do segundo ano, e anuncia a nova Série F, com juros máximos de 2,5% e prémios de permanência que são metade dos oferecidos na emissão anterior. Dada a diferença brutal entre os juros dos certificados da Série E e os magros rendimentos dos depósitos, assistiu-se nos últimos meses a uma hemorragia do dinheiro depositado nos bancos com destino aos certificados.
Com a decisão anunciada sexta-feira ao fim de tarde, Fernando Medina poupa centenas de milhões de euros, mas acima de tudo faz um favor milionário aos bancos. Por cada mil milhões de Certificados de Aforro, no primeiro ano o Estado poupa 10 milhões de euros e a partir do segundo ano 12,5 milhões. Com a corrida justificada que se assistia, bastavam duas semanas para atingir mil milhões de subscrições.
Neste mês de Santos Populares, os bancos podem agradecer a medida do Governo e colocar Fernando Medina num altar. Provavelmente, os banqueiros passarão a ter mais estabilidade nos depósitos e vão continuar a engordar os lucros com as margens entre o dinheiro depositado que pagam e os juros dos empréstimos que cobram.
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