Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoTiago vivia e trabalhava nos Estados Unidos da América há 17 anos , sem documentos legais. Não é caso inédito. Nos Estados Unidos há milhares de cidadãos nacionais nessa situação que trabalham, têm casa e carro, conta bancária, pagam seguros e impostos, muitos deles têm um grande envolvimento com a comunidade, carta de condução americana, número de segurança social, mas não conseguiram o mítico 'green card', o salvo conduto de todos os imigrantes em terras do Tio Sam. Conheço várias pessoas nesta situação. Têm uma vida confortável, um nível de riqueza material que dificilmente alcançariam se ficassem cá, particularmente nas terras de origem do interior de Portugal . Mas o preço que pagam por estar clandestinos é que nunca podem sair das fronteiras dos EUA. Ficam de fora das festas de família, que acompanham à distância e muitos não puderam dizer presencialmente o último adeus a familiares e amigos. Tiago é agora notícia porque foi vítima de balas do ICE, o temido e cruel serviço de imigração dos Estados Unidos, que sob Trump escalou para um nível indigno de perseguição de seres humanos. As táticas de perseguição do ICE a milhares de pessoas honestas que trabalham e são importantes para que a América funcione, fazem lembrar as perseguições nazis que aconteceram há 90 anos e ainda hoje nos envergonham.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Há muitos milhares de portugueses imigrantes ilegais na América.
Os encontros familiares no natal podem ter um papel decisivo na definição do sentido de voto
Depois dos debates ainda há uma corrida a cinco para Belém.
A guerra na Ucrânia está ficar muito cara para a Europa.
Políticas que incentivam livre aquisição de armas são repugnantes.
Agora a luta é por um lugar na segunda volta.