Como grande oportunidade de reformular o País, seria sensato que a divisão de fundos e projetos entre Estado e privados funcionasse como um motor de libertação e amadurecimento da sociedade civil e da livre iniciativa.
Porém, os primeiros dados conhecidos sobre o PRR não são de molde a descansar-nos relativamente a este objetivo. Pelo contrário: tudo indica que o tsunami de fundos e apoios vai acentuar a dependência do País em relação ao longo braço do Estado e dos seus magos e servidores.
Com efeito, de acordo com os dados hoje divulgados pelo ‘observatório CM da bazuca’, o dinheiro reservado ao investimento público será 11 vezes superior às verbas destinadas ao setor privado. Do total de dinheiro já movimentado, por exemplo, apenas 11 milhões se destinaram às empresas e restante iniciativa privada e social.
Os gestores públicos já estão sentados à grande mesa do PRR e vão a meio do banquete. Por este caminho, e se nada for feito para equilibrar as coisas, o PRR será um novo instrumento para acentuar o desequilíbrio histórico que marca este País: um Estado cada vez mais gordo a sobrepor-se e a engolir de forma voraz a iniciativa privada e a sociedade civil, que acentuará a dependência de favores e de pequenas ajudas.
Portugal continuará a ser um projeto adiado.
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