Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoA transparência permite à democracia respirar e a liberdade de imprensa é fundamental para manter a boa qualidade do ar que respiramos.
O escrutínio dos principais decisores do País é um dever, um imperativo ético da imprensa livre. Não há da nossa parte nenhuma perseguição contra o cidadão Luís Montenegro, mas obviamente temos a obrigação de escrutinar a vida pública do primeiro-ministro ou de qualquer membro do governo, como fizemos no passado e continuaremos a fazer no futuro. Porque no dia em que a imprensa deixar de fazer isso, a democracia e o País também perdem e ficam mais pobres e mais frágeis.
Não há nenhuma ilegalidade na atividade do advogado Luís Montenegro ao serviço da concessionária de jogos Solverde. Até é natural que a empresa que tem o seu quartel-general em Espinho tenha contratado o advogado com ligações políticas e institucionais mais fortes da região para defender os seus interesses. E obviamente que os maiores acionistas da Solverde conhecem o atual primeiro-ministro desde sempre.
Mas também é importante que os cidadãos e todo o País conheçam essa ligação e as relações contratuais existentes no passado recente. A Solverde não pode ser prejudicada por esta relação, mas também não pode ser beneficiada. A democracia fica mais fortalecida com a divulgação destes factos.
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