Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoA taxa de juro média dos novos depósitos a prazo dos particulares, no mercado português, aumentou pela primeira vez em quase dois anos ao subir 0,03 pontos percentuais para 1,37% em outubro, revelam os dados do Banco de Portugal. A subida acontece depois de em setembro ter estagnado, pondo fim a uma descida que durava desde janeiro de 2024. Isto acontece porque as taxas de juro travaram a descida desde o verão. Mas o retorno da remuneração dos depósitos em Portugal é muito baixo, muito inferior à inflação e muito abaixo dos juros dos certificados de aforro, o outro campeão popular da poupança, que este mês é de 2,057 %. As taxas praticadas pela banca são muito baixas por uma simples razão: os bancos não têm falta de dinheiro e mesmo pagando muito pouco conseguem encher os cofres. Só em outubro as famílias colocaram mais 613 milhões de euros em depósitos a prazo, passando o valor aplicado neste produto para 12, 645 mil milhões de euros. Por isso a média das taxas que a banca oferece em Portugal é muito baixa, é a quinta pior da zona euro, longe da média de 1,81%. Mas todos sabemos que a função dos bancos é ganhar dinheiro e se podem ter os depósitos a preço de saldo, não vão pagar mais aos clientes. São as leis do mercado a funcionar.
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