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Paulo João Santos

Paulo João Santos

Jornalista

A ética e a política

19 de abril de 2025 às 01:30

Cabe à justiça avaliar se a averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos sobre a aquisição de dois imóveis tem pernas para andar. Para já, o líder do PS mostrou transparência, ao dar explicações e revelar documentos, e até aproveitou para capitalizar, interrogando-se sobre o motivo pelo qual Luís Montenegro ainda não divulgou a lista dos clientes da Spinumviva. A questão é saber se estes ‘casos e casinhos’ - e há muitos outros, do Chega ao BE - provocam algum efeito nos eleitores. Haverá quem não lhe atribua grande importância, quem entenda que o importante é que os eleitos nos governem bem – leia-se, melhorem os nossos padrões de vida. Poderá até ser a maioria. Mas os eleitores mais exigentes não pensam assim. As questões que envolvem a ética não são um pormenor, uma coisa de antigamente, dos nossos pais e avós, são um pilar imprescindível da política, tal como o é nas nossas vidas. E isto aplica-se a todos os que querem ser a voz do povo no Parlamento, da direita à esquerda. É, pois, fundamental que quando surgem situações que suscitam dúvidas e interrogações, sejam imediatamente explicadas, de forma simples e frontal. Dizer-se que há coisas mais importantes, que o que é preciso é resolver os problemas das pessoas ou que é um ‘não assunto’, como se tem ouvido, é uma fuga para a frente, um erro. Uma sociedade que perde os seus valores, e já se perderam muitos, é uma sociedade à deriva, condenada, perdida.

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