Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoÉ preciso ter cuidado com as sondagens para as eleições autárquicas. Há um grande grau de incerteza, porque cada câmara se pode ganhar ou perder por um voto. Quatro anos depois existe uma nova realidade política chamada Chega, que em 2021 tinha pouca implantação territorial. Falta saber se o atual segundo partido com mais força no parlamento conquistará autarquias, isso só saberemos na noite do dia 12, mas certamente terá uma votação expressiva a nível nacional e essa massa de eleitores pode alterar os resultados finais. Quem se candidata à reeleição tem de garantir a fidelidade do eleitorado, porque se houver transferências para o partido de Ventura a eleição fica ameaçada. Haverá uma óbvia leitura política nacional, qualquer que sejam os resultados, mas a diferença entre uma vitória nacional e uma derrota humilhante podem ser alguns punhados de votos em meia dúzia de municípios. E essa é a beleza da democracia, nas eleições quem decide é cada eleitor, soberano na sua decisão, e depois contam-se os votos e atribuem-se os lugares. A incerteza faz bem à democracia e aumenta o interesse destas eleições.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Os votos no Chega podem baralhar o resultado final das eleições.
O resultado das autárquicas terá, necessariamente, uma leitura nacional.
Montenegro poderá querer resistir a uma crise à boleia do Chega.
Presidente da República faz bem adiar a avaliação da ministra.
Das fabulosas fortunas feitas nas autarquias, muitas já foram lavadas.
Com a bitola de 2300 euros o Governo revela desconhecer a realidade social do País.