As mensagens políticas de Natal entraram no domínio da tradição, vá lá saber-se porquê. São uma espécie de intruso que se senta à mesa da festa da família para dizer umas coisas, sem grande ligação à realidade, como se viu na mensagem de Montenegro, e que depois são alvo de reflexão por parte de adversários e colegas de partido. Ora aqui está o exemplo perfeito de uma ‘prenda’ que o Pai Natal bem podia levar de volta.
A essência do Natal, aquilo que verdadeiramente se assinala a 25 de Dezembro e a importância da data para o mundo católico, passa completamente ao lado. A começar pelo cenário, invariavelmente o mesmo, um pinheiro a piscar luzinhas de várias cores, mas sem o elemento essencial da quadra festiva, a Sagrada Família, o Menino. Por aqui se vê a falta de sentido desta intromissão da política na religião e que é de todo dispensável. Cada coisa no seu lugar.
É certo que o Natal já não é o que era, “transformou-se numa festa do comércio, cujas luzes brilhantes escondem o mistério da humildade de Deus”, nas palavras sábias do saudoso Papa Bento XVI, por via de uma “cultura moderna que tende a fazer desaparecer os símbolos cristãos da celebração” do Nascimento. Mas há limites, claramente ultrapassados por este aproveitamento político de um acontecimento que mudou a história da Humanidade para sempre. É ruído desnecessário. Porque, por mais que queiram desvirtuá-lo, por mais que os valores cristãos estejam pelas ruas da amargura, só há um Natal, só há uma mensagem, a Boa Nova. O resto é conversa.
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Só há um Natal, só há uma mensagem. O resto é conversa.
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