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Paulo João Santos

Paulo João Santos

Jornalista

A última esperança

29 de junho de 2025 às 00:31

As palavras deste homem arrepiam qualquer um. Transportam-nos para um universo paralelo, para um mundo de horror e morte, não compatível com a nossa condição humana. Não vieram do Hamas ou de fontes inquinadas. Foram proferidas ao jornal israelita Haaretz e o seu autor é um soldado destacado no inferno de Gaza. “É um campo de extermínio. No local onde estava, entre uma e cinco pessoas eram mortas todos os dias. São tratados como força hostil, mas sem medidas de controle de multidões, sem gás lacrimogéneo. Apenas fogo real: metralhadoras pesadas, lança-granadas, morteiros. “Porque é que as pessoas que estão à espera de comida são mortas só por saírem da fila? Porque é que chegamos a um ponto em que um adolescente arrisca a vida para tirar um saco de arroz de uma carrinha?”. As autoridades israelitas negaram que tal aconteça, mas as forças de defesas anunciaram a abertura de uma investigação para apuramento da verdade. Desconheço a que conclusões se chegará, mas não creio que haja alguém que ache normal morrerem dezenas e dezenas de pessoas famintas à porta dos centros de distribuição de alimentos.

Depois de alcançar o cessar-fogo entre Israel e o Irão, Donald Trump promete o regresso da paz ao enclave palestiniano na próxima semana. Diga-se o que se disser, é o único que o pode alcançar. Esperar pela União Europeia ou pelas Nações Unidas, é esperar por D. Sabastião. Deus o ouça.

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