Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoO Chega teve um choque com a realidade nas eleições autárquicas e ficou aquém das suas próprias expectativas. Para quem ganhou em 60 municípios nas últimas legislativas, o pecúlio de três câmaras obtido é muito pouco, mas na verdade nestas eleições o Chega ganhou mais poder e tem caminho para mais recursos graças aos eleitos. Em alguns municípios, como Palmela, Sesimbra ou Montijo, perdeu por muito pouco. Mas um partido que há quatro anos elegeu 19 vereadores, tem agora além dos 3 presidentes, 134 vereadores. Nas assembleias municipais são mais de 600 e nas freguesias mais de mil representantes eleitos. O partido ainda depende exclusivamente do líder e nesse aspeto é unipessoal, mas tem recursos imensos. Só de subvenções públicas os 60 deputados no parlamento fornecem muito dinheiro para alimentar uma máquina profissional e agora nas autarquias ganha mais músculo e mais recursos. Os 137 eleitos nas câmaras significam muita contratação de assessores e mais meios de recrutamento. Também nas assembleias municipais, como a de Lisboa, há verbas para mais tachos. As notícias da derrocada do Chega são exageradas, porque objetivamente o partido de Ventura ganhou poder e está mais rico.
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A notícia da derrocada do partido de Ventura é claramente exagerada.
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