A decisão da Relação sobre o ‘Influencer’ tem várias consequências. A mais relevante será para os arguidos. Os juízes dizem que há por ali muita promiscuidade, entre políticos e promotores, mas não há crime. Há uma floresta de deduções e especulações. Isso não diminui a gravidade dos 75 800 euros escondidos, facto que sempre determinaria a demissão de António Costa, como o próprio admitiu, mas este caso morreu. A outra consequência, muito séria, é para o próprio Ministério Público. Entregou o processo a três procuradores mas não requisitou a PJ. Usou as escutas como prova, quando deveriam ter sido meios para a obtenção de prova, na sequência de diligências adicionais, como vigilâncias e seguimentos. Têm muito que refletir. Por fim, numa perspetiva de puro bom senso, é impossível não ver o efeito de carambola que o acórdão tem no processo de Costa. Se os indícios do processo principal não existem, o que dizer dos que levaram a investigar o então primeiro-ministro?! Não se deve dar margem ao clima de suspeição instalada sobre a atuação do MP neste caso. Isso é destrutivo. Mas não tirar as devidas ilações neste caso será uma total insanidade.
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