Termina amanhã o longo desfile de debates televisivos pré-eleitorais, com o frente a frente entre o primeiro-ministro e o candidato socialista ao cargo de chefe do Governo. Pelo que se tem visto nos duelos anteriores, não é de esperar nenhuma novidade, nenhuma surpresa, nenhuma ideia galvanizadora para o País, mas é um debate importante, sobretudo para Pedro Nuno Santos. As sondagens colocam-no em desvantagem, precisa de marcar pontos para equilibrar a balança. É nestes momentos que se criam as dinâmicas de vitória, que se consolidam com o aproximar do ato eleitoral. Já Luís Montenegro deve rever o confronto com André Ventura para não cair nos mesmo erros. Elogiar a obra feita é compreensível, mas um líder deve ter a humildade de reconhecer o que correu mal, o que falhou, e apresentar soluções diferentes das que foram aplicadas e não resultaram. É isso que os eleitores querem saber, como resolver os problemas da saúde, como garantir maior segurança aos cidadãos, que estratégia para a imigração e para a habitação. E, será também aqui, que Pedro Nuno Santos pode (ou não) capitalizar, já que oito anos de governação socialista não deixaram saudades em nenhuma destas matérias. Embora a expectativa de um ou outro nos surpreenderem seja diminuta, veremos se Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos têm algum coelho para tirar da cartola. Mais do mesmo já cansa.
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