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Paulo João Santos

Paulo João Santos

Jornalista

Procurar o impossível

08 de junho de 2025 às 00:31

As buscas por Maddie terminaram como começaram, sem o mais pequeno indício da presença da criança naquele local. Foram três dias de trabalho inútil, como esperado. Estava previsto prolongarem-se por mais tempo, mas alguém deve ter feito ver aos alemães não valia a pena continuar. Procurar onde e o quê, naquele descampado com o tamanho de 50 campos de futebol?

Estranha-se é o facto de as autoridades judiciais portuguesas terem embarcado nesta aventura, até porque não é a primeira vez que os alemães pedem o impossível. Já há dois anos tínhamos assistido a algo idêntico, na barragem do Arade, com o mesmo resultado. Nem um vestígio da criança inglesa.

É óbvio que as polícias e a justiça dos diferentes países têm a obrigação de colaborar entre si, mas há limites. As dezenas de inspetores da PJ e agentes da PSP que participaram nas buscas têm mais que fazer do que andar a caçar gambozinos. Há burlões, violadores, homicidas, gente má para apanhar. Não se pode dizer sim a tudo.

Foi, aliás, esta postura que terá impediu a investigação ao desaparecimento de Maddie de chegar ao resultado pretendido. As pressões vindas do exterior, sobretudo políticas, para encontrar a criança, perturbaram o trabalho de quem estava no terreno, impedindo a resposta à questão central: como é que criança saiu daquela casa? Sem perceber a origem, podemos andar a escavar o País inteiro que jamais descobriremos a verdade.  

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