Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoSe acontecer o apagão na distribuição de jornais e revistas em 8 distritos do interior, mais de metade do território nacional, será um crime contra a coesão nacional, a cultura e o direito essencial de todos os cidadãos terem acesso à informação. Não podemos permitir que tantos portugueses fiquem excluídos deste direito básico, nem podemos aceitar que haja neste território, de pouco mais de 90 mil quilómetros quadrados, uma divisão artificial entre portugueses de primeira e cidadãos de segunda, só porque estes vivem em territórios com menos dinamismo económico e pouco povoados. Haverá quem diga que a internet pode substituir o jornal em papel, mas isso não é verdade, principalmente para uma população mais idosa, que é maioritária nestes oito distritos. O apagão não limitará apenas os residentes do interior no acesso às notícias, provocará, mais tarde ou mais cedo, um deserto mediático face a estas regiões cada vez mais ostracizadas. Serão notícia pelos fogos ou as tragédias, mas o pulsar dessas regiões desaparecerá. O Estado que há décadas vem abandonando as populações do interior, apesar de todas as promessas, não pode permitir este crime de lesa-pátria. Ler jornais é saber mais e é importante que todo o País consiga ter uma leitura nacional do que se passa em Portugal e no mundo, em português e em letra impressa.
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Não podemos aceitar um apagão da imprensa escrita em mais de metade de Portugal
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