Quando um sistema judicial tem ao seu serviço, em casos como o da Altice, profissionais como o juiz Carlos Alexandre, o procurador Rosário Teixeira e o inspetor Paulo Silva, a sociedade que serve pode ficar tranquila. Ao ler o despacho das medidas de coação percebe-se o trabalho que ali está, o rigor, a inteligência e, em doses industriais, a independência dos profissionais envolvidos.
O processo é o espelho de uma Justiça que não cede a interesses, que sabe fazer o seu trabalho, que tem uma visão prática dos valores em causa, que tanto procura recuperar dinheiro para o Estado, como punir criminalmente alguns dos comportamentos investigados. Só uma Justiça independente, que investiga sem olhar a quem, que não espera por lideranças providenciais para poder afirmar essa sua qualidade, que não olha de cima para baixo e tem a humildade de constituir equipas equilibradas e homogéneas, como a que Paulo Silva e Rosário Teixeira dirigem há uns bons vinte anos, tem condições de defender materialmente uma verdadeira separação de poderes.
Seria bom que os políticos e comentadores mais apressados em matéria de discussão do ‘estado da Justiça’, sobretudo quando têm um interesse direto em condicioná-la, pusessem ali os olhos. Talvez aprendessem qualquer coisa.
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