A nossa sociedade está a ficar adulta. Mais equilibrada nos pesos e contrapesos necessários ao controlo dos abusos de poder.
As ações da GNR, num dia, prendendo um dos seus membros, por suspeita de tráfico de droga, e do MP, ontem, detendo um procurador por suspeitas de corrupção, são sinais de autorregeneração das instituições que a todos nos devem deixar mais confiantes.
Centremo-nos no caso do procurador Figueira: durante um largo período de tempo, as notícias bombásticas sobre suspeitas de crimes económicos praticados por membros da elite angolana eram seguidas de um prolongado silêncio e posterior nota do arquivamento.
A provarem-se os indícios de crime recolhidos sobre este procurador, estamos perante uma declinação do célebre método da corrupção na máquina administrativa: criar dificuldades para vender facilidades. Aqui, na área judicial, o procurador recolhia indícios para vender arquivamentos.
Com esta investigação a um par – que terá vendido os princípios éticos por um punhado de barris de petróleo –, polícias, procuradores e juízes sublinharam um ponto essencial: Portugal não é uma república das bananas. Nem de bananas.
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