Lara foi vítima de um crime bárbaro cometido pela irmã perturbada que vivia num mundo povoado de monstros. Lara é a primeira vítima, mas a assassina provavelmente também o é.
Nunca tiveram oportunidades, num palheiro onde nunca esteve a mãe e foram criadas pelo pai alcoólico. E onde também nunca esteve a Comissão de Proteção de Menores que abriu e fechou o caso destas jovens como se alguma vez pudessem ter futuro.
Mais uma vez falhou tudo. B. era uma bomba-relógio e explodiu. Lara morreu. Mãe e pai vão agora chorar no funeral. E as comissões vão continuar a não acompanhar os menores. Voltaremos a falar delas quando houver outra Lara. Ou outras Laras.
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A tragédia de ontem não pode ser apenas luto. Tem de ser uma lição.
Ex-primeiro-ministro busca o confronto para criar mais um incidente, um pretexto para anular tudo e começar de novo com quem mais lhe convier.
Assobiaram para o lado, provavelmente a olhar o mar.
No fim, entre sardinhas, selfies e cinzas, ninguém apagou nada. E como sempre, o que continua a arder... é a paciência dos portugueses.
Os números soam frios, escondem o calor insuportável das chamas, o estrondo das árvores a tombar.
Quem insulta na segurança do ecrã talvez nunca tenha salvado nada.