Paulo Raimundo convicto no crescimento eleitoral do PCP sem admitir nem rejeitar nova 'gerigonça'
Secretário-geral do PCP afirma a necessidade de "romper com a política de direita".
O secretário-geral do PCP reagiu, esta sexta-feira, à decisão do Presidente da República de dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas para 10 de março de 2024. Paulo Raimundo mostrou-se convicto no crescimento eleitoral do partido, sem admitir nem rejeitar a hipótese de uma nova 'geringonça' à esquerda.
Em conferência de imprensa, o comunista afirmou a necessidade de "romper com a política de direita", da qual "o PS foi protagonista" nesta legislatura, "desmentindo quem lhe deu maioria absoluta".
"A direita não precisa de outro Orçamento do Estado. Este [2024] serve-lhe bem", atirou Paulo Raimundo.
O dirigente comunista acusou ainda os socialistas de darem força à "agenda dos partidos reacionários" e não deu nenhuma resposta definitiva sobre a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar à esquerda, caso o PS vença as eleições.
Em contraponto, Paulo Raimundo pediu "o reforço do PCP e da CDU no plano eleitoral", com vista a "uma política alternativa".
"Encaramos a batalha eleitoral com confiança", asseverou, vincando que "as eleições deviam acontecer mais cedo".
A investigação sobre os projetos de lítio e hidrogénio verde levaram na terça-feira ao pedido de demissão de António Costa, após o Ministério Público revelar que o primeiro-ministro é alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça.
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