Rui Rio vê moção de confiança aprovada com 26 votos de vantagem

Reunião para decidir liderança do PSD prolongou-se pela madrugada fora, com muita polémica.

17 de janeiro de 2019 às 18:32
Rui Rio na Convenção Nacional do PSD Foto: Nuno Fonseca
Rui Rio no Conselho Nacional do PSD Foto: Lusa
Rui Rio no Conselho Nacional do PSD Foto: Lusa
Rui Rio no Conselho Nacional do PSD Foto: Lusa
Rui Rio no Conselho Nacional do PSD Foto: Lusa
Rui Rio no Conselho Nacional do PSD Foto: Lusa
Rui Rio no Conselho Nacional do PSD Foto: Lusa

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Rui Rio vai continuar a ser líder do PSD. Os conselheiros nacionais aprovaram esta madrugda a moção de confiança apresentada pelo presidente do partido, que conseguiu 76 votos a favor - 50 foram contra - a favor das sua direção. 

A votação da moção de confiança à direção de Rui Rio realizou-se na madrugada  por voto secreto, com as urnas abertas até às 3h05. A decisão foi anunciada pela mesa do conselho nacional , liderada por Paulo Mota Pinto, por volta das 2h30 desta sexta-feira. Segue-se a votação, em que a escolha é entre a permanência ou a saída da equipa escolhida por Rui Rio para liderar o partido.

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Antes, houve momentos de tensão na reunião do conselho nacional extraordinário do PSD, onde deverá ser votada a moção de confiança à direção liderada por Rui Rio. Ao que o CM apurou, o conselho de jurisdição do partido, liderado por Nunes Liberato, pediu a palavra para se pronunciar sobre os quatro requerimentos em discussão, em que três deles pediam votação de braço no ar e outro o voto secreto. Mas o presidente da mesa do Conselho Nacional, Paulo Mota Pinto , recusou ouvi-os, o que deu brado a uma grande discussão. 

Os elementos do conselho de jurisdição chegaram mesmo a retirar-se da sala.

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Rio defende voto secreto

O presidente do PSD, Rui Rio, apelou, já na madrugada desta sexta-feira, que a moção de confiança à sua direção seja decidida por voto secreto, conforme foi pedido por um requerimento apresentado por apoiantes de Luís Montenegro.

Rui Rio falou perante os conselheiros nacionais e a informação foi confirmada aos jornalistas pelo secretário-geral social-democrata, José Silvano, que remeteu a decisão final para a Mesa do Conselho Nacional.

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Pelas 2h20, os conselheiros ainda não tinham decidido como será votada a moção de confiança à direção do PSD, apresentada por Rio.

A informação foi dada aos jornalistas pelo secretário-geral do PSD, José Silvano, pouco depois de o líder do PSD-Lisboa, Pedro Pinto, ter anunciado um recurso para o Conselho de Jurisdição do partido para que se pronuncie sobre o requerimento que pede o voto secreto.Segundo José Silvano, dos quatro requerimentos entrados, um pede a votação secreta, um de braço no ar, outro votação uninominal e outro - apresentado por vários requerentes, alguns conselheiros e outros delegados ao Congresso que elegeram conselheiros - "que também querem saber a votação dos seus representados".

Ou seja, na prática, dos quatro requerimentos, três pedem que a votação seja de braço no ar.Muitos discursos atrasam votação

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A reunião do conselho nacional do PSD, em que será votada a moção de confiança apresentada por Rui Rio à sua direção, prosseguia, pelas 23h00 desta quinta-feira, sem hora certa para o desfecho. Os conselheiros ainda não tinha decidido, sequer, se o voto será realizado por braço no ar ou através de boletim secreto. Ao que o CM apurou, ainda estavam inscritos para falar dezenas de conselheiros.

Pedro Pinto recorre para Conselho de Jurisdição sobre voto secreto

O líder do PSD-Lisboa anunciou que apresentou um recurso ao Conselho de Jurisdição do partido para que se pronuncie sobre o requerimento que pede o voto secreto da moção de confiança a Rui Rio, antes de haver decisão.

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Segundo Pedro Pinto, o requerimento foi entregue às 17h00 e, passadas mais de cinco horas, ainda não houve resposta, nem do presidente da Mesa do Conselho Nacional, Paulo Mota Pinto, nem do presidente do partido, Rui Rio.

"A fantochada tem limites, o receio tem limites", afirmou, justificando a entrega deste recurso para que não haja hipótese de a Mesa colocar o requerimento à votação do Conselho Nacional, anulando o efeito potestativo (obrigatório) que os signatários entendem ter.

Rio com muitas críticas aos que o querem depor

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O presidente do PSD falou esta quinta-feira cerca de vinte minutos aos conselheiros nacionais para defender a moção de confiança que apresentou ao partido. Rui Rio garantiu aos conselheiros nacionais que assumirá "democraticamente"  decisão que sairá da reunião, que decorre num hotel do Porto, à porta fechada.

Segundo informação recolhida pelo CM, o líder social-democrata garantiu que estão criadas das condições  para o PS perder as próximas legislativas. Rui Rio elencou mesmo o contexto que lhe permite tirar tal conclusão: a degradação visível dos serviços públicos, o abrandamento da economia, os desentendimentos visíveis no seio da geringonça e o descontentamento generalizado das pessoas.

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"O PS pode perder as eleições", garantiu Rui Rio, lembrando aos militantes do partido presentes na sala que para tal ser alcançado cabe "apenas fazer o que depende do PSD". "Já estão criadas todas as condições para o PS perder, temos agora de criar as condições para o PSD ganhar", terá frisado aos conselheiros, segundo informação recolhida pelo CM

Rio terá também sublinhado que "com guerrilhas e terramotos não será possível alcançar o que está ao alcance" do partido. Rio terá também adiantado que abrir uma disputa interna em pleno ciclo eleitoral não é benéfico para os sociais-democratas, dado o desgaste que lhe é inerente, numa alusão ao desafio de Luís Montenegro, ex-presidente da bancada parlamentar, para a marcação de eleições diretas.

O presidente social-democrata pediu também aos conselheiros nacionais "maturidade e sentido de responsabilidade".

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Os conselheiros entraram agora na fase de inscrição junto da mesa do conselho nacional, para falarem durante a reunião. Quando chegou à sala do conselho nacional, pelas 17h35, Rio foi aplaudido por vários conselheiros.

Entretanto, a mesa do conselho nacional – presidida por Paulo Mota Pinto – recusou o pedido apresentado por Almeida Henriques, autarca de Viseu, para que Luís Montenegro possa participar na reunião. No entender de Mota Pinto, teria de ser o próprio Montenegro a apresentar o requerimento. O antigo vice-presidente da bancada parlamentar abandonou o Parlamento em abril do ano passado e não foi eleito para aquele órgão em congresso pelo que não tem acesso ao conselho nacional.

Há já 75 conselheiros inscritos. A primeira a gozar da palavra será Isaura Morais, presidente da Câmara de Rio Maior.

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