"Preocupa-me sobretudo a intimidação que fazem às mulheres e minorias em todo o lado", afirmou Catarina Martins.
A cabeça de lista do BE às eleições europeias afirmou esta terça-feira que o "discurso agressivo e de intimidação" da extrema-direita no parlamento "não é nenhuma novidade", mas admitiu estar sobretudo preocupada com as consequências desse discurso na sociedade.
"A intimidação da extrema-direita é a forma como sabem estar, e a mim preocupa-me sobretudo a intimidação que fazem às mulheres e minorias em todo o lado", afirmou Catarina Martins, durante uma arruada no Senhor de Matosinhos, no distrito do Porto.
Questionada pelos jornalistas sobre a denúncia feita pela deputada do PS Isabel Moreira de insultos misóginos e racistas por parte de deputados do Chega, Catarina Martins, que foi também líder parlamentar do BE, disse não estranhar as declarações.
Isabel Moreira relatou ao Observador insultos como "vaca" dirigidos a deputadas, disse que estes comentários acontecem nos corredores ou no plenário, mas com o "microfone fechado", acrescentando que "há um quotidiano infernal, ingerível" de "ofensa e permanente".
"Quando a extrema-direita tem um discurso agressivo contra as mulheres no parlamento, não se enganem, essa é apenas uma pequena parte do seu discurso de intimidação. Tem esse discurso todos os dias", referiu.
Também questionada se o parlamento era um lugar inseguro para as mulheres, a cabeça de lista do BE às europeias afirmou apenas que os deputados do Chega "não se sabem comportar em lado nenhum".
Catarina Martins admitiu, no entanto, estar preocupada sobretudo com "o discurso violento e de ódio" que a extrema-direita traz para a sociedade.
"A mim preocupa-me que o discurso que tem de intimidação torne as mulheres mais inseguras na sua vida, isso é o que me preocupa", referiu, dizendo estar igualmente preocupada com as consequências desse discurso nos imigrantes e comunidade LGBTI.
Questionada se tinha ocorrido algum episódio de insultos no parlamento, Catarina Martins disse estar preocupada com o que os deputados do Chega "fazem com todas as pessoas e não apenas no parlamento".
"Não é nenhuma novidade o discurso de intimidação da extrema-direita no parlamento, o que é preocupante é que esse discurso está na sociedade como um todo", afirmou, dizendo ser preciso "fazer frente" a esse discurso.
Quanto às acusações da socialista, o líder do Chega, André Ventura, alegou hoje que o seu grupo parlamentar é o "mais atacado" e disse que já por "várias vezes" cumprimentou Isabel Moreira e não teve resposta.
Ventura desafiou ainda a socialista a apresentar provas destes comportamentos.
"O ambiente no parlamento é a expressão daquilo que os portugueses quiseram, é a fúria que os portugueses têm contra o sistema", alegou, alertando: "habituem-se, porque esta intensidade vai continuar a existir".
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