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Carneiro pergunta se será pedida demissão de Montenegro caso PSD perca eleições

Em caso de derrota no sentido contrário, na perspetiva do líder do PS, a responsabilidade é "de todos" os socialistas, incluindo dele próprio.

29 de setembro de 2025 às 16:50

O secretário-geral do PS mostrou-se, esta segunda-feira, convicto na vitória do seu partido nas autárquicas e assegurou que continuará a assumir as suas responsabilidades, questionando se será pedida a demissão do primeiro-ministro caso o PSD perca as eleições.

José Luís Carneiro foi questionado, esta segunda-feira, pelos jornalistas sobre a entrevista, esta segunda-feira, dada ao jornal Eco, na qual defendeu que uma derrota do seu partido nas autárquicas "nunca será uma derrota do secretário-geral do PS".

"Nessa noite das eleições, se a AD perder, os senhores vão pedir a demissão do doutor Luís Montenegro porque perdeu as eleições autárquicas? É a mesma questão que tem que se colocar no sentido contrário", alegou.

Em caso de derrota, na perspetiva do líder do PS, a responsabilidade é "de todos" os socialistas, incluindo dele próprio, porque não conseguiram "responder às necessidades das pessoas".

"Mas eu queria dizer-vos uma coisa, é que eu estou convencido de que nós vamos ganhar as eleições", sublinhou.

Carneiro deixou uma questão: "já perguntaram ao Dr. Luís Montenegro, se perder as eleições autárquicas, se se demite das funções governativas?".

Sobre esta sua posição não pode ser entendida como um passar de culpas ao seu antecessor na liderança do PS, Pedro Nuno Santos, o secretário-geral do PS rejeitou.

"Eu sempre assumi as minhas responsabilidades, quem me conhece, o senhor já me conhece há muito tempo, sabe que eu fui um autarca que sempre assumi as minhas responsabilidades, fui um secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que não dei ordens aos outros para eles saberem o que se passava", assegurou.

Carneiro disse ser "um otimista realista", com "confiança na qualidade dos projetos" apresentados pelo PS.

O líder do PS referiu ainda que "cada candidatura tem uma apreciação local, como aliás o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos há dias demonstrou".

"Os cidadãos em cada comunidade local avaliam, em primeiro lugar, o perfil do candidato à Câmara, em segundo lugar, valorizam muitas questões éticas e a dimensão programática e só em terceiro lugar é que aparece o partido", apontou.

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